sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mulheres e armaduras





Hello everyboby! Grata por visitarem de vez em quando o blog menos atualizado da galáxia. Heheheh. Bem, já tô pra terminar esse post há um tempão e ele ficou no limbo e não é nem mais tão atual assim, mas eu vou postar assim mesmo. Não sei se é uma visão bem particular ou se outras pessoas já atinaram pra isso. Observando a moda em seu movimento sinuoso de idas e vindas no tempo, vimos emergir novamente os anos oitenta e sua androginia cibernética. Ombros largos e estruturados, cabelos curtos, looks fluo e metalizados povoam as coleções a titulo de referencia criativa.
Não é novidade alguma eu dizer o quanto a moda reflete seu tempo e o quanto ele pode nos falar sobre uma sociedade ou o espírito de seu tempo. Isso já virou objeto de pesquisa pra muita gente, seja nos campos da sociologia, antropologia, psicologia ou história. Moda é realmente um reflexo de tudo o que vivemos e como hoje vivemos uma profusão de referencias paralelas, em moda não poderia ser diferente. Mas mesmo tendo todo esse leque de possibilidade ao nosso dispor, é inegável que algumas tendências se ainda conseguem se destacar. E como falei logo acima, o revivel dos anos 80 é uma delas.
Essa década tão controversa, foi marcada pela chegada efetiva da mulher ao mercado de trabalho, ávida por ocupar espaços antes reservados aos homens. Para isso foi necessário abrir mão de muitos das características femininas que a pudessem rotular como o sexo frágil para poder competir com igualdade de forças com os homens.
Por isso a moda desta época usou e abusou de signos masculinos para externar essa pretensa igualdade de competências. Quem foi a mulher que vivenciou essa época que não fez uso de somente um desses itens: ombreiras, cabelos curtos, paletós e um certo ar andrógino? Pois é, mas o que lhe envergonharia hà alguns anos agora pode até ser motivo de orgulho. A moda é uma curiosa mesmo.
Bem, voltando ao nosso assunto, o engraçado é que hoje (isso já faz uma data...) olhando as fotos dos desfiles da última temporada de Milão e Paris e depois de ter lido um post do blog de Julia Petit , comecei a notar algo interessante as mulheres de armaduras. Algumas das mais importantes marcas de moda, mesmo que não fizesse menção alguma ao apetrecho de guerra, trouxeram para a passarela, mulheres de ferro, de ouro ou de prata. Mesmo na maioria das vezes carregadas de sensualidade tipicamente feminina, valorizando curvas e deixando partes do corpo à mostra, são belas e impenetráveis (no seu sentido antigo) armaduras. O que será que hoje, em tempos de direitos e deveres e até prazeres iguais, mas valorizadas as devidas diferenças, queremos dizer com isso?
Sugestões e comentários são extremamente bem-vindos.

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